Brasileiros e estrangeiros abrem STU Open Rio em coletiva e esperam show nas pistas

Publicado em: 05/10/2022 00:00

Brasileiros e estrangeiros abrem STU Open Rio em coletiva e esperam show nas pistas

A modalidade Park do STU Open Rio entra em cena nesta quinta-feira (06/10), com a fase eliminatória do masculino – as meninas iniciam na competição direto das quartas de final, na sexta. Como um aperitivo do que o público pode esperar deste que é um dos maiores eventos de skate do mundo, realizado novamente na Praça Duó, no Rio de Janeiro, nove skatistas, entre brasileiros e estrangeiros, concederam uma entrevista coletiva nesta quarta. As divergências entre os organizadores, CBSK e World Skate tomou conta do bate-papo. E a postura da entidade internacional recebeu severas críticas dos praticantes.

O catarinense Pedro Barros, que conquistou a medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Tóquio, foi quem levantou a bandeira como um protesto. Um dos anfitriões desta quinta edição do STU Open Rio, ele não poupou palavras mais firmes e diretas sobre uma decisão tomada de última hora, mas aproveitou o momento para enaltecer a força que tem o skate brasileiro na organização de grandes eventos, elogiando o trabalho que vem sendo feito há anos pelo STU e pela CBSK. Um discurso que foi reforçado pelos demais skatistas presentes à mesa.

Dos brasileiros, também participaram da coletiva Luiz Francisco, quarto lugar em Tóquio e que conquistou há duas semanas o título brasileiro no Recife, além de Dora Varella e Yndiara Asp, outras representantes do Brasil na Olimpíada, e André Mariano, atual campeão do STU Open Rio. Entre os estrangeiros, dois medalhistas de ouro no Japão, o australiano Keegan Palmer e a japonesa Sakura Yosozumi, a medalhista de bronze Sky Brown, da Grã-Bretanha, e Kieran Woolley, também da Austrália. Acompanhe a entrevista:


PEDRO BARROS – medalha de prata nos Jogos de Tóquio

“Acredito que parte da mídia e outras pessoas de fora, que talvez não conheçam muito a história do skate, achem que a Olimpíada é o maior campeonato de todos. Realmente, no meio esportivo, ela pode ser essa maior plataforma. Porém, onde a gente geralmente vê o maior nível e toda essência do que está acontecendo nesse universo é nas competições de skate. O STU Open Rio é a maior competição de skate de 2022, um ano pós-olímpico, e vencê-lo é tão ou mais valioso do que ganhar uma medalha olímpica, porque o nível é muito alto. Basta olhar os treinos e ver o que estão fazendo na pista. Sobre a World Skate, ela é a federação que foi regida para ser responsável pelo skateboarding como um todo. Para mim, profissional há mais de 10 anos, vejo como um descaso eu ir lá, participar dos Jogos Olímpicos, todo aquele show, uma parada linda, e depois, simplesmente por falta de organização e trabalho, não acontecer nada pra gente no mundo em relação a competições. No Brasil, tivemos cinco etapas profissionais desde então, os STU Nationals, de muito alto nível. Mas tudo isso regido em conjunto pela CBSK e pelo STU, que buscam fazer algo pelo skate. Aliás, saíram fora da única oportunidade, até aqui, que eles tinham de chancelar um evento para termos resultado nessa qualificação para Paris. E decidiram não aceitar estar junto porque estavam mais preocupados com dinheiro. Nós, skatistas e todos que têm amor pelo skate, estamos preocupados em fazer tudo acontecer e passar a nossa mensagem. É uma cultura de muitos anos. Por isso é muito triste o que aconteceu. Daí a importância ainda maior de estarmos aqui fazendo acontecer, porque quem está aqui decidiu seguir em frente e dar continuidade a fazer algo grande pelo skate”.

DORA VARELLA – skatista brasileira em Tóquio

“Realmente, depois do sucesso em Tóquio, um esporte que chamou tanto a atenção na Olimpíada, que trouxe novos praticantes e mostrou para o mundo essa coisa incrível que é o skate, a gente esperava que tudo voltasse bombando, justamente com campeonato como esse do STU. Mas a World Skate mostrou não estar muito preocupada com isso. O único evento que seria classificatório para a Olimpíada, por enquanto, era esse aqui e acabaram saindo fora. Queriam se apropriar e ganhar dinheiro em cima. E o STU e a CBSK não concordaram com isso. Esses, sim, sabem o que é certo ou não para o skate. E nosso evento está acontecendo mesmo assim, e não deixa de ser um protesto também, uma forma de mostrarmos o que é o skate e celebrar todo esse amor que temos pelo esporte”.

LUIZ FRANCISCO – 4º lugar em Tóquio

“Acabei de ser campeão no Recife, mas não tem muito segredo quando venho de uma vitória ou não, porque dou sempre o meu máximo em qualquer situação. Só quero andar de skate e estar aqui com todos os meus amigos. Ter essa oportunidade de viajar e andar com eles, ainda mais em casa, no meu país, já é uma grande motivação. E prefiro trazer isso comigo, mais do que qualquer resultado. Amizade com essa galera é algo especial na minha vida”.

YNDIARA ASP – skatista brasileira em Tóquio

“Vamos fazer desse evento o melhor do ano, mostrar que a gente anda de skate por amor. Independentemente de classificação olímpica, vamos continuar fazendo a nossa parte e esperamos que a World Skate faça a dela daqui por diante”.

ANDRÉ MARIANO – atual campeão do STU Open Rio

“Realmente, fui campeão no ano passado do STU Open Rio e não tinham tantos skatistas de fora como teremos nesse ano. Eu assistia praticamente a todos esses que estão aqui nessa mesa e, hoje, poder competir com eles é uma honra. Ainda mais aqui no Rio, o que é muito legal. Sem falar na qualidade da pista. Fiquei surpreso com a torcida no Recife e não espero nada diferente aqui no Rio. A arquibancada é grande e tenho certeza de que teremos casa cheia”.

KEEGAN PALMER – medalha de ouro nos Jogos de Tóquio

“Estou bem feliz por estar aqui. E acho até melhor que a World Skate não esteja envolvida neste evento, porque sabemos bem que o Brasil sabe fazer grandes eventos, que são reconhecidos mundialmente. Claro que a gente vem aqui e tem a tensão dos treinos, da competição, da adaptação, o que faz parte, mas viemos sempre aqui e nos divertimos muito também. Essa falta de eventos da World Skate vai ter algum efeito na classificação olímpica e é algo que eu espero que seja resolvido”.

SAKURA YOSOZUMI – medalha de ouro nos Jogos de Tóquio

“Eu amo estar aqui no Brasil, o ambiente é incrível, e estou muito feliz por poder competir neste evento”.

KIERAN WOOLLEY – um dos principais nomes da Austrália no skate

“Como o Rio de Janeiro lembra um pouco meu país, a Austrália, adoro vir para cá, gosto muito de vir aqui competir. Para mim, é indiferente que a World Skate esteja ou não envolvida, porque o objetivo maior é sempre andar de skate e ter o melhor desempenho. E se divertir. Essa falta de eventos voltados para os Jogos Olímpicos vai ter algum efeito, mas, no fim das contas, o melhor skatista vai ganhar os eventos e espero que tudo se resolva. Nós temos que nos preocupar em andar de skate”.

SKY BROWN – medalha de bronze nos Jogos de Tóquio

“Também adoro estar aqui no Brasil mais uma vez, gosto muito da cena do skate aqui, uma das maiores do mundo, e espero fazer uma boa competição e levar alegria a todos”.

O STU Open Rio é apresentado pelo banco BV e patrocinado pela Monster Energy e pela OI. Tem o TikTok como Media Partner e a Tiger como cerveja oficial do evento. Windsor e LSH by Own são os hotéis oficiais. É homologado pela CBSk, tem apoio do Canal Off e da Drop Dead e apoio institucional da Subprefeitura da Barra da Tijuca e do Comitê Olímpico do Brasil.

PROGRAMAÇÃO:

06/09 (quinta)
9h às 12h30 – Treino livre Park masculino
13h às 18h – Eliminatórias Park masculino
18h às 20h – Treino livre Park feminino

07/09 (sexta)
9h às 9h30 – Treino livre Park feminino
9h30 às 13h10 – Quartas de final Park feminino
13h10 às 13h55 – Treino livre Park masculino
14h às 18h – Quartas de final Park masculino

08/09 (sábado)
10h às 14h – Treinos livres Park
14h às 16h – Semifinais Park feminino
16h às 18h – Semifinais Park masculino

09/09 (domingo)
10h às 16h30 – Treinos livres Park
16h30 às 17h35 – Final Park feminino
17h40 às 18h40 – Final Park masculino

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